Este blogger é um registro, um caderno de esboços virtual .Um projeto em que pretendo organizar os meus desenhos, subdividindo em cadernos e posteriormente em livros, dos estudos que faço de forma recorrente.Alguns deles fazem parte de projetos maiores, outros, são registros dos dias, das horas, enfim de meu trabalho e por conseqüência da minha vida.Sejam bem-vindos para visitar e deixar comentários.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ANGYE GAONA - LIBERTAD YA!

Através do artista postal uruguaio, Clemente Padin, tomamos conhecimento das arbitrariedades que estão acontecendo na Colômbia contra Angye Gaona, poetisa, jornalista e organizadora do conhecido Festival de Poesia de Medellín e centenas e mais centenas de outras pessoas que se encontram presas em uma atitude típica de censura dos regimes totalitários, mesmo quando mascarados sob o manto de uma falsa democracia...

Segue aqui o texto original e o link para o abaixo-assinado de protesto e pedido de liberação imediata desta ativista e poeta.
Angye Gaona Poetisa y comunicadora periodista alternativa, arrestada por el estado colombiano, enero 2011, Urge solidaridad
 Apresada la poetisa y periodista Angye Gaona: el Estado colombiano quiere callarla para mantener la oscuridad genocida.
 
Angye Gaona Poetisa y comunicadora, apresada por pensar, en Colombia, país en el que el estado ha convertido el hecho de pensar en un crimen.
 
Angye Gaona es una mujer creativa y comprometida socialmente, siempre activa en el desarrollo de la cultura;  parte del  comité organizador del conocido Festival Internacional de Poesía de Medellín, cuya calidad testimonia de trabajo y sueños tejidos entre los pueblos.   
 
Urge la movilización internacional por su liberación y por denunciar que el estado colombiano mantiene encarceladas a más de 7.500 personas por el "delito de opinión": estamos ante una verdadera dictadura camuflada.
   
 
He aquí un fragmento de un poema de Angye Gaona, para que conozcan su alma sincera y tierna, solidaria y creativa:
 
"Tejido blando" 
 
Respira y prepárate, pecho blando.
No quieras contener todo el aire de los abismos,
toma sólo el de tu pequeña inspiración,
acarícialo por instantes,
susúrrale como si al último aliento
y déjalo libre ir allí,
a donde tú también quisieras:
vasto, inmenso, indistinto.
Sopla fuerte lo que guardas. 
No recojas más lágrimas, pecho blando.
Y si un niño preso llora, dirás,
y si un hombre es torturado, dirás.
Que no es tiempo de guardar la ira, te digo.
Es momento de fraguar y hacer lucir
el filo.
 
 
 
Es una situación insoportable: cada día detienen, asesinan o desaparecen a un opositor político, estudiante, sindicalista, sociólogo, campesino... La represión ejercida por el Estado colombiano contra el pueblo colombiano para acallar sus reivindicaciones sociales es brutal. ¡Urge que el mundo se mueva en solidaridad! Que se dé a conocer esta realidad y sus dimensiones que rebasan todo en el Orbe. 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

ELEMENTOS DE CONJUNTO

Texto e imagens de Alexandre Gomes Vilas Boas * Todos os direitos reservados -
Reprodução não autorizada
  
ELEMENTOS DE CONJUNTO



Em seu estômago
cabiam cidades inteiras
caminhões
navios
e
até mesmo a
Líbia.

cabiam pessoas
pássaros
e ruas

mortes
de todas
as formas
e deleites

cabiam
pessoas
e estradas
árvores e
ruas inteiras

relógios
e tesouras
vidros de tinta preta
anjos
e até
Augustos

tudo isso em seu estômago!

Cabiam
todas as mortes que
engolia
sem ter o luxo
de vomitá-las

engolia apenas
estradas e casas
pessoas e carros
tijolos e números
tinta preta e relógios

adoecia com tudo isso
é claro!

mas seu estômago
continha
um conjunto de
números
e radicais
adjuntos
e advérbios
substantivos e
paspalhos

algumas coisas
causavam-lhe indigestão
ou até mesmo insônias
alegrias e dores

todas em geral
incluindo a morte (que não podia ser esquecida momento algum)

faziam
com que
surgissem
açucarados e enjoativos
desenhos de jogar ao lixo

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

CADERNO HOMEM VERDE






Estes foram para a Alemanha, para a Patrizia (PC Tic Tac) e sua convocatória "Message in a Bottle".São trabalhos para arte postal realizados em folders, folhetos, catálogos e materiais diversos de instiuições "oficiais" de cultura, bancos, fundações e outras entidades privadas e/ou públicas.

Nesta série de trabalhos  utilizo como suporte os materiais gráficos  que  tem sua distribuição comprometida por uma estratégia, às vezes,  equivocada e duvidosa, já que atendem (apesar de discurso contrário) apenas a alguns setores mais "bacaninhas da cidade".

Em alguns casos, os folhetos são descartados antes mesmo que a mostra, evento ou show para o qual foram destinados, tenha chegado ao fim. Em alguns casos, "tiragens" erradas são re-impressas e parte ou todo o material é descartado.Outras vezes, o material fica engavetado à espera de alguma determinação de alguém interessado em exercer seu pequenino poder (cada vez mais comum ) entre os burocratas que dizem produzir e viabilizar os projetos de arte/cultura.Não raro, você poderá achar no lixo desses locais, centenas de folhetos que nem mesmo para a reciclagem são encaminhados.

Eu os reutilizo, alterando-lhes sua função e lógica.
Imagino o quanto deve ser triste para quem os cria, perceber que não são usados para a finalidade na qual foram pensados. Entretanto, creio que isso levanta uma questão pontual sobre os caminhos burocratizantes da cultura.Muitas iniciativas em difundir a cultura seriam melhor resolvidas com mais vontade política ao invés de apenas o uso de dinheiro indo para o ralo.

O JANTAR

 Texto e imagens de Alexandre Gomes Vilas Boas * Todos os direitos reservados -
Reprodução não autorizada


 O Jantar

Quase sempre

com surpresas ao
cair da noite

Adiava
sempre a
certeza


alimentando-se
da morte
diária e
da noite


em um copo
cheio
de
cores


cores sujas
e
sagradas


os oportunistas de platéia
atiravam-lhe uma
ou outra banana

com desenvoltura,
com certa alegria,
é preciso registrar


jogavam novamente
mais
e mais


na tentativa de que o fizessem
escorregar

em suas cores
em seus copos
em seus nortes

Quem sabe até,
com a sorte dos canalhas,
quebrar a sua bússola?


Nada adiantava!


Entre cores
estivera  protegido
sempre
ou quase
por toda a vida

Quebrara os copos
as mesas
sua casa

tudo

em ruínas

menos a morte
que o alimentava
noite à dentro

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

PASSEIO CURTO

 Texto e imagens de Alexandre Gomes Vilas Boas * Todos os direitos reservados - Reprodução não autorizada

 PASSEIO CURTO


 São quase duas
ou três
vezes
vidas

mesmas coisas

frases
soltas

frases
tão espertas

vivas
viúvas
e
solitárias

que andam dentro
do meu
ser

quase duas ou três
prontas

mas que custam a sair

e ainda velam
por uma angústia vinda
sabe-se
lá de onde?

duas ou três
vezes
todos os dias
ensaiam sair

mas velam
como viúvas

como
vovó
que nunca saiu de
seu vestido preto

e a vida toda
vai
assim

duas ou três vezes
elas ensaiam sair pela janela...
...poesias

por elas,
não sairia de casa!